Quem magoou-o ?

Estudando para uma prova de literatura, cujo um dos assuntos abordados é Augusto dos Anjos, percebi por que o cara era meio anti-social. Os motivos não sabemos, mas pelo que podemos perceber no poema Versos íntimos, de sua autoria,o moço guarda rancores desencraváveis. De quem? Não se sabe, alias, eu não sei. Um palpite? Analisando o nome do autor: Augusto dos Anjos, me atrevo a inferir que o causador de tamanho rancor seja Judas, aquele apóstolo traidor. Sabe-se lá!
Abaixo encontra-se o poema Versos íntimos para que você também possa fazer suas análises e conclusões sobre esse louvável escritor paraibano, mas caro leitor, fica a dica: evite os rancores, eles só prejudicam a você mesmo. Curta mais!

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

O Poder na Ponta dos Dedos!

Faltam cerca de dez minutos para que tenha início o jogo do Brasil contra o Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Minha televisão está ligada na rede globo e ouvindo o locutor Galvão Bueno falando sem parar, então me lembrei da campanha “Cala a boca Galvão!” ou para quem preferir “Save the Galvão bird”, e decidi comentar rapidamente a força comunicativa da internet.
É preciso cuidado! No caso Galvão tudo foi levado na esportiva, o locutor respondeu em tom de brincadeira que havia também aderido a campanha. Porém, é importante notarmos como a notícia girou o mundo e tornou-se notícia não somente no Twitter, mas em jornais renomados no exterior, em programas de televisão e outras diversas mídias mundo a fora. Essa brincadeira serviu-nos para que estejamos atentos ao poder que temos nas pontas dos dedos. Da mesma maneira que podemos fazer com que uma campanha humanitária cruze os oceanos, podemos desmoralizar um ser-humano, que erra e tem defeitos como todos nós.

Tem gente pior...

Passei a frenquentar uma academia há cerca de duas semanas e já pude notar algo curioso. Academia é um lugar onde nossa auto-estima pode sofrer grandes variações entre altos e baixos. Vejamos o porquê: Não tenho nenhum corpo atlético ou musculoso, mas também não sou nenhum magrelo raquítico. Sendo assim, sempre que chego na academia, que tem suas paredes cobertas por espelhos, me sinto um moleque fracote perto dos “malhados”, que convenhamos, não têm mais o que fazer, por isso passam o dia exercitando seus músculos e atrofiando seus cérebros. Dentro desse contexto, digamos que minha auto-estima não fica muito bem.
Porém, outro dia animei-me. Ao chegar na academia, me deparo com um indivíduo que deve ter minha idade aproximadamente, e um braço da espessura de um cabo de vassoura... Que felicidade! Não preciso nem dizer, neh? Me senti o fortão da parada! E consequentemente minha auto estima foi lá pro alto.
Portanto, caros leitores e leitoras, deixo a vós um conselho: Se você pensa que está ruim, pense bem... tem gente pior!

E agora?

É preciso manter o pé e a consciência no chão. Estamos em ritmo de Copa do Mundo, muita festa e comemoração, mas não podemos nos esquecer de que estamos próximos as eleições presidenciais. E essa proximidade me preocupa.
Todos sabem que a campanha eleitoral já começou há muito tempo! A candidata Dilma faz campanha a mais de ano, utilizando a máquina pública. Jose Serra e Marina Silva há certo tempo também iniciaram seus movimentos pelos votos. Contudo, propostas sólidas, claras e atingíveis ainda não foram expostas por nenhuma das partes. O que vimos até agora são comparações entre governos, sorrisos e abraços, acusações, mas a explanação das propostas que é o objetivo de uma campanha eleitoral ainda não deu as caras.
Como cidadão brasileiro que vota pela primeira vez esse ano - completo 17 anos em agosto – me sinto feliz por obter finalmente o direito ao voto, porém indignado com o viés peblicitário e comparativo que tem tomado a campanha eleitoral de 2010. Espero que este cenário se modifique antes do dia 03 de outubro, caso contrário, me verei obrigado a utilizar o meu direito de ainda não votar. Infeliz democracia brasileira.

Elas roubaram a cena!

Caros leitores, percebo algo diferente na Copa do Mundo da África do Sul. Raciocinem comigo: Geralmente é esperado que em uma copa do mundo de futebol uma seleção de resultados devastadores, ou então que um jogador espetacularmente habilidoso chamem a atenção de todos e vire a sensação da copa. Contudo, na África do Sul tem sido diferente, nenhuma seleção ou jogador viraram sensação até agora. Sendo assim, nada mais, nada menos que as JABULANIS e as VUVUZELAS roubaram a cena.
A bola da copa de 2010 denominada Jabulani é assunto ao redor do mundo, sendo demonizada por uns e louvada por outros, já é uma celebridade. É alvo de reportagens, fotografias, pesquisas, análises, discussões e já foi inclusive interpretada pela voz marcante de Cid Moreira.
Também assunto ao redor do mundo, a famosa corneta Sul-Africana chamada Vuvuzela bate recordes de venda. Causando um efeito sonoro nos estádios parecido ao de um enxame de abelhas. Todos querem ter uma vuvuzela.
Enquanto seleções lendárias são eliminadas já na primeira fase, e o futebol arte não aparece, as vuvuzelas e jabulanis preenchem as páginas e a programação de jornais e noticiários.

Ufanismo Enjoativo

Não sou nenhum amante do futebol, mas copa do mundo é copa do mundo! De quatro em quatro anos me torno um torcedor fanático, e comento os jogos como se fosse algum especialista futebolístico, coisa de brasileiro.
Contudo, não há lance perfeito, jogador fenômeno ou goleada brasileira que justifique as insuportáveis musiquinhas e frases ufanistas de apoio a seleção. Desculpem-me aqueles que se divertem com tais jingles, fazer o que? Gosto não se discute! Mas, há muito tempo composições do tipo: “Vamos lá Brasil, força pra seleção” ou “Todo o Brasil num só coração” ou ainda “Pra frente Brasil! Salve a seleção”, deixaram de ser moda e se tornaram uma pedante forma de fazer propaganda, assim como as de CD`s e DVD`s sertanejos. Os tempos mudaram.
Há, porém, uma ressalva. Um jingle ainda resiste ao tempo e não se tornou cafona e pedante como os outros, o famoso “EU SOU BRASILEIRO, COM MUITO ORGULHO, COM MUITO AMOOOR!” continua atual e emociona milhões de brasileiros nos quatro cantos do mundo.
Com cafonice ou sem cafonice, espero comemorar no dia 11 de julho o sexto título mundial brasileiro.